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Múcio defende suporte a ‘pessoas inocentes’ envolvidas com o garimpo em terras yanomamis

O ministro da Defesa disse que trabalha em prol de um termo de ajuste de conduta com o Ministério Público Federal para retirar funcionários que exercem a atividade

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, defendeu ‘sensatez e equilíbrio’ para atuar nos garimpos nas terras Yanomami em Roraima, referindo-se à necessidade de prender ‘bandidos’, mas de dar suporte às ‘pessoas inocentes’ que ali se encontram.

“Além da questão dos bandidos, você tem os funcionários que trabalham no garimpo, que são pessoas pobres, que dependem daquilo para comer. Estão lá absolutamente desabrigadas“, disse Múcio que afirmou estar trabalhando em prol de um termo de ajuste de conduta com o Ministério Público Federal para retirar funcionários que exercem a atividade. “É preciso muita sensatez e equilíbrio.”

O ministro também defendeu uma atuação conjunta entre União, estados e municípios para repensarem o garimpo e buscarem formas de regulamentar a prática fora dos territórios indígenas. A estimativa, segundo Múcio, é que 70 mil pessoas estejam ligadas direta ou indiretamente à atividade.

“[É necessário] repensar o garimpo ou trazer para uma área que não seja a área dos Yanomamis. Tem milhares de pessoas desempregadas, passando necessidade. Se o estado não fizer uma parceria para a legalização de algumas áreas, para que sejam exploradas, sem ser territórios indígenas… Isso vai ter que ser uma vigília permanente”, defendeu.

Nesta sexta-feira 10, a Polícia Federal deu início às ações de combate ao garimpo em terras Yanomami, dentro da chamada “Operação Libertação”, tendo como foco, em um primeiro momento, a destruição de maquinários para interromper as atividades ilegais.

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