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MT e MS registraram média de 90 armas de colecionadores por dia em 2022

A cidade de Sinop, a 504 km de Cuiabá, foi palco de uma chacina esta semana depois que um colecionador se desentendeu em uma partida de sinuca

Imagem: iStockphoto
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Mai de 56 mil armas de fogo foram registradas por colecionadores, atiradores esportivos e caçadores (CAC) em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul, entre os anos de 2019 a 2022, segundo dados do Exército.

No último ano do governo Bolsonaro houve uma disparada dos registros, com 33.079 novas armas cadastradas, o que dá uma média de 90,6 armas por dia, e um aumento de mais de 1000% em relação a 2019.

Conforme dados do Portal da Transparência, a região militar do MT e MS foi a quinta com mais registros de armas em 2022. Sendo São Paulo:98.772/ Paraná e Santa Catarina: 86.282/ Distrito Federal, Goiás, Tocantins e Triângulo Mineiro: 59.925/ Rio Grande do Sul:43.081/ e Mato Grosso e Mato Grosso do Sul:33.079.

No último ano da gestão Bolsonaro, que implementou a política de armas, flexibilizando o porte, os dois estados da região Centro-Oeste abriram 38 clubes de tiro, que registraram 14 armas em seus acervos. Foram emitidos 22.011 certificados CAC.

Na terça-feira 22, um homem que tinha registro como CAC matou sete pessoas na cidade de Sinop, a 504 km de Cuiabá, após um desentendimento durante uma partida de sinuca. Edgar Ricardo de Oliveira foi preso na quinta-feira 23 em um bairro da cidade onde o crime ocorreu. O outro suspeito, Ezequias Souza Ribeiro, 27 anos, foi morto na quarta-feira 22 em uma troca de tiros com a Polícia Militar do Estado.

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