O vice-presidente Hamilton Mourão disse ao Tribunal Superior Eleitoral na semana passada que não participou de qualquer esquema de disparo em massa de mensagens às vésperas das eleições de 2018. Alegou, também, não ter envolvimento com bolsonaristas investigados no Inquérito das Fake News, que tramita no Supremo Tribunal Federal.
A manifestação do general do Exército se deu no âmbito de duas ações que pedem ao TSE a cassação da chapa que Mourão compõe com Jair Bolsonaro. A dupla é alvo de uma investigação por possível abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.
Nas alegações finais, divulgadas nesta segunda-feira 18 pelo site Metrópoles, o vice argumenta que “documentação sigilosa” compartilhada pelo STF mostra que ele “não tem qualquer envolvimento com as pessoas investigadas” pelos inquéritos, “tão pouco com as condutas narradas”.
“Com efeito, não há que se falar em inelegibilidade do investigado em razão de supostas condutas descritas na Inicial, se eventualmente praticadas por terceiros, vez que o representado não contribuiu ou anuiu com qualquer suposta prática ilegal”, diz a defesa.
Na última sexta-feira 15, o corregedor-geral do TSE, Luís Felipe Salomão, liberou as duas ações para julgamento. Um dia antes, o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco, afirmou em parecer que os elementos reunidos não apontam que tenha havido “desequilíbrio” nas eleições a ponto de justificar a cassação da chapa.
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