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Moraes rejeita tese da defesa e mantém prisão de Jefferson: ‘Não demonstrou qualquer debilidade’
O ministro do STF negou pedido de conversão para prisão domiciliar que se sustentava em ‘problemas de saúde’ do bolsonarista


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu nesta terça-feira 31 manter a prisão preventiva do presidente do PTB, Roberto Jefferson. A defesa do bolsonarista havia pedido conversão para prisão domiciliar, sob a justificativa de que ele tem problemas de saúde.
Em sua decisão, Moraes destacou que “não há quaisquer provas conclusivas sobre a condição de saúde do político”.
“Em nenhum desses momentos demonstrou qualquer prova de debilidade que o impedisse de cumprir seus afazeres diários”, escreveu.
“O requerente, reiteradamente, postava em suas redes sociais vídeos atacando os Poderes da República e o Estado Democrático de Direito, sendo que em muitas ocasiões portava armas de fogo, praticando tiro ao alvo…”, acrescentou o ministro, ao enfatizar a sua decisão pela manutenção da prisão.
“Diante do exposto, mantenho a prisão preventiva, necessária e imprescindível à garantia da ordem pública e instrução criminal”, finalizou Moraes.
Jefferson cumpre prisão preventiva no Complexo de Bangu, na cidade do Rio de Janeiro, desde 13 de agosto, sob acusação de participar de uma organização criminosa digital que promove ataques à democracia.
Leia a íntegra da decisão:
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