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Moraes rebate ‘ameaças vazias e agressões covardes’ e defende ‘missão’ do STF

Nesta quinta-feira 5, ao atacar Moraes, Jair Bolsonaro afirmou que ‘a hora dele vai chegar’

Moraes rebate ‘ameaças vazias e agressões covardes’ e defende ‘missão’ do STF
Moraes rebate ‘ameaças vazias e agressões covardes’ e defende ‘missão’ do STF
Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro. Fotos: Nelson Jr./STF e Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, se manifestou nesta quinta-feira 5 pelo Twitter sobre as ameaças feitas a ele por Jair Bolsonaro.

Sem citar nominalmente o presidente, o magistrado afirmou que “ameaças vazias e agressões covardes não afastarão o Supremo Tribunal Federal de exercer, com respeito e serenidade, sua missão constitucional de defesa e manutenção da Democracia e do Estado de Direito”.

Nesta manhã, Bolsonaro voltou a fazer declarações em tom de ameaça contra Moraes, que acolheu uma notícia-crime enviada pelo TSE e incluiu o presidente no Inquérito das Fake News, que corre no STF.

“O Alexandre de Moraes acusa todo mundo de tudo. Bota como ‘réu’ no seu inquérito sem qualquer base jurídica para fazer operações intimidatórias, busca e apreensão, ameaça de prisão ou até mesmo prisão. É isso o que ele está fazendo. E a hora dele vai chegar, porque ele está jogando fora das quatro linhas da Constituição há muito tempo”, disparou Bolsonaro nesta quinta-feira 5 em entrevista à Rádio 93 FM do Rio de Janeiro.

“Eu não pretendo sair das quatro linhas para questionar essas autoridades, mas acredito que o momento está chegando”, prosseguiu. “Ele fez um absurdo agora: me colocou como réu naquele Inquérito Fake News dele. Ele é a mentira em pessoa dentro do STF”.

Na decisão publicada na última quarta, Moraes afirma que as condutas de Bolsonaro em transmissão ao vivo na semana passada podem configurar sete crimes: calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associação criminosa e denunciação caluniosa. Na ocasião, o presidente fez uma série de ataques infundados ao sistema eleitoral brasileiro e ao TSE.

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