Moraes pede explicações à PF sobre abordagem contra aliado de Renan Calheiros às vésperas da eleição

O presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor (MDB), teve apreendida uma mala com R$ 145 mil e material de campanha que, segundo as investigações, seria usado para comprar votos

O senador Renan Calheiros (MDB-AL). Foto: Pedro França/Agência Senado

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, pediu explicações nesta terça-feira 11 sobre uma abordagem feita pela Polícia Federal contra o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor (MDB). O caso aconteceu no dia 1° de outubro.

O parlamentar foi alvo de uma averiguação da PF no Hotel Ritz Lagoa da Anta. Durante a abordagem, os policiais apreenderam uma mala com R$ 145 mil e material de campanha que, segundo as investigações, seria usado para comprar votos.

Moraes deu ainda 48 horas para que o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas preste informações sobre o caso. Segundo o ministro, compete ao presidente da Suprema Corte Eleitoral adotar medidas necessárias “em assuntos relacionados às relações inter-institucionais com outros poderes da República”.

O caso foi levado ao TSE pelo senador Renan Calheiros e pelo diretório estadual do MDB. Na petição, eles argumentam que a atuação da PF teria sido “premeditada” e contou com a “interferência política” do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

Marcelo Victor era candidato à reeleição e contava com o apoio do governador do estado, Paulo Dantas, afastado nesta terça-feira pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por supostamente ter praticado ‘rachadinha’ quando era deputado estadual.

Rachadinha, na política, é o nome dado à prática de conceder cargos comissionados (de confiança) em troca de parte dos vencimentos dos funcionários.


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