O Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes rejeitou, nesta quinta-feira 16, um recurso da defesa de Roberto Jefferson e decidiu mantê-lo na prisão.
Moraes justificou que a manutenção da prisão é “necessária e imprescindível à garantia da ordem pública e à instrução criminal”. E acrescentou que, mesmo preso, Jefferson tem proferido ataques contra as instituições e que não há como substituir a prisão por medidas menos gravosas.
“O que se verifica, portanto, é a manutenção do completo desprezo do custodiado pelo Poder Judiciário, pelo Supremo Tribunal Federal e pelas Instituições Republicanas, já demonstrado pelos fatos acima narrados, e ressaltado em diversas outras ocasiões em que o preso se manifestou, mesmo estando com a sua liberdade restringida, a revelar, neste momento processual, a insuficiência de eventuais medidas cautelares diversas da prisão para cessar as condutas criminosas, eis que o custodiado tem se utilizado de inúmeros meios para incorrer no comportamento”, anotou.
Em novembro, o ministro também afastou Roberto Jefferson do comando do PTB e que o ato se justifica porque no cargo ele “poderia dificultar a colheita de provas e obstruir a instrução criminal, direta ou indiretamente por meio da destruição de provas e de intimidação a outros prestadores de serviço e/ou integrantes do PTB”.
Jefferson encontra-se preso desde agosto, a pedido da Polícia Federal, após ser denunciado ao Supremo pela PGR com base no inquérito que apura a atuação de uma milícia digital que atenta contra a democracia.
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