O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura do coronel do Exército Bernardo Romão Correa Netto.
O militar foi preso em fevereiro, no Aeroporto de Brasília (DF), depois de retornar ao Brasil de uma viagem aos Estados Unidos, e estava sob custódia do Exército.
Ao decidir pela liberdade provisória do coronel, Moraes afirmou que ele deve cumprir medidas cautelares.
Nas investigações sobre a suposta trama golpista no governo Bolsonaro (PL), Correa Netto foi citado pelo ministro do Supremo como sendo próximo a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
Ele acompanhava “proximamente o desenrolar das providências que criariam ambiente favorável ao golpe de Estado”, segundo Moraes. Ainda na decisão que autorizou a operação contra golpistas, Moraes alegou que o coronel pertencia ao “Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas da suposta organização criminosa”.
Na operação que prendeu Correa Netto, também foram presos Filipe Martins e Marcelo Câmara, ex-assessores de Bolsonaro, bem como o major do Exército Rafael Martins.
Em declaração à imprensa após a ordem de soltura, a defesa de Corrêa Netto afirmou que ele respondeu a todas as perguntas formuladas pelos investigadores da Polícia Federal (PF). Assim, não existiria, segundo a defesa, necessidade de acordo de delação premiada.
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