Ministro reage a Campos Neto e diz que Selic de 13,75% é ‘para favorecer o rentismo’

O presidente do Banco Central afirmou que se a dívida do governo fosse baixa, 'o custo do dinheiro seria mais barato para todo mundo'

O ministro da Secom, Paulo Pimenta. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, criticou a nova tentativa do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de defender o atual estágio da taxa básica de juros, fixada em 13,75% ao ano. A condução da política monetária está no centro da ofensiva do presidente Lula (PT), que não vê razões para o índice da Selic.

“Não é sério. É uma opção de manter juros altos para favorecer o rentismo e impedir o País de crescer”, escreveu Pimenta nas redes sociais. “Brasil precisa de crédito barato, a economia girar, gerar emprego e criar oportunidades. Sociedade está endividada e refém desta política monetária contrária aos interesses nacionais.”

Em entrevista à CNN Brasil exibida na sexta-feira 12, Campos Neto afirmou que se a dívida do governo fosse baixa, “o custo do dinheiro seria mais barato para todo mundo”.

“Se você, empresário, está tentando pegar um dinheiro e está caro, a culpa não é do Banco Central, que é malvado. A culpa é do governo, que deve muito”, alegou. “Porque o governo está competindo com você pelo dinheiro que tem disponível para aplicar em projetos. Então, o grande culpado pelos juros estarem altos é que tem alguém competindo pelos mesmos recursos e pagando mais.”

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