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Ministra das Mulheres projeta data para que o Disque 180 ‘volte a ser o que era’

Em entrevista a CartaCapital, Cida Gonçalves disse que reinaugurará serviço de informação, orientação e denúncia a mulheres em situação de violência no dia 15 de fevereiro

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, informou nesta terça-feira 7 que projeta a reinauguração do Disque 180 para o dia 15 de fevereiro. A declaração ocorreu em entrevista exclusiva a CartaCapital.

A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 é um número de utilidade pública criado em 2005 para orientar as mulheres em situação de violência. De acordo com o relatório de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o serviço foi “desmantelado” durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Conforme retrata o documento, o Disque 180 foi transferido para a Ouvidoria de Direitos Humanos e, com isso, perdeu o papel de orientação e ficou restrito apenas a denúncias. Em entrevista à reportagem, Gonçalves afirmou que, durante o primeiro mês de trabalhos, verificou uma situação pior do que a relatada pela transição.

“Hoje não existe o atendimento especializado para as mulheres. Todos os atendentes fazem todos os atendimentos. Não temos um protocolo específico para o atendimento às mulheres. Isso significa que não existe 180“, declarou.

Segundo a ministra, o cronograma prevê como urgência a qualificação de uma equipe para atender essas mulheres de forma específica e a preparação de um novo protocolo de atendimento. A projeção é de que, em fevereiro, o serviço já volte a ser um canal de informação, orientação de denúncia.

Nós queremos que, no dia 15 de fevereiro, o 180 retorne a ser o que era. Não do tamanho que era até 2015, seria uma proporcionalidade menor. Mas pelo menos já vai estar fazendo o atendimento necessário, enquanto preparamos o termo de referência, colocamos o edital na rua, para que, em junho ou julho, possamos ter uma nova licitação e novas condições de atendimento do 180, de acordo com aquilo que cabe a todas as mulheres”, afirmou.

A íntegra da entrevista será veiculada na edição semanal impressa de CartaCapital.

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