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Milton Ribeiro quer ‘ações diretas’ sobre professores: ‘Chega de usá-los como massa de manobra’

A declaração ocorreu durante oficialização do aumento do piso de professores, já previsto em lei; o governo atuou para ofertar um reajuste inferior

Jair Bolsonaro e Milton Ribeiro. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu que o ano de 2022 seja de protagonismo dos professores e pediu “ações diretas” para que eles não sejam usados “como uma massa de manobra”. Segundo o bolsonarista, no ano passado os holofotes estiveram sobre os profissionais de saúde, devido à pandemia da Covid-19.

“Em 2022, o protagonismo será dos profissionais de educação. Chega de usar os professores, os profissionais de educação apenas como uma massa de manobra político-eleitoral. Está na hora de ações diretas. E uma ação direta é essa [reajuste salarial], que respeita o profissional e dá a ele um ganho a mais dentro dessa situação”, disse Ribeiro durante evento no Palácio do Planalto que oficializou o reajuste de 33,24% para professores da educação básica neste ano.

De acordo com o ministro, serão beneficiados cerca de 1,7 milhão de profissionais que lecionam para mais de 38 milhões de estudantes.

O aumento anual do piso nacional dos professores está previsto em lei, mas, neste ano, o governo cogitou estabelecer um acordo para ofertar um reajuste bem abaixo do real, cerca de 7%. A gestão federal, porém, recuou da ideia de editar uma Medida Provisória sobre o tema.

Ainda durante o evento, o presidente Jair Bolsonaro desconversou sobre a tentativa anterior do governo e disse que gestores estaduais e municipais chegaram a defender um reajuste menor. “A quem pertence a caneta Bic para assinar o reajuste? Essa caneta aqui quem vai usá-la sou eu.”

No entanto, o próprio Ministério da Educação divulgou uma nota em 14 de janeiro indicando o entendimento jurídico de que seria necessário rever a regra de cálculo do reajuste dos professores, uma vez que foi instituído o novo Fundeb.

 

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