CartaExpressa
Mercado projeta primeira queda da Selic desde outubro de 2021
Analistas consultados pelo Banco Central apostam em uma queda da taxa básica de juros para 12,5% até o final deste ano
Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) projetam pela primeira vez em um ano e meio, a redução da taxa básica de juros, a Selic.
Segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira 17, o mercado projeta uma Selic de 12,5% ao final de 2023 — diferente da quinta alta consecutiva estimada no último boletim, em 12,75%.
Esta foi a primeira redução para 2023 desde outubro de 2021.
A mudança de cenário acontece após as pressões para queda da taxa e durante as discussões da proposta de arcabouço fiscal, que busca conter o crescimento da dívida pública.
Por outro lado, as previsões da taxa de juros para os anos de 2024 e 2025 permaneceram em 10% e 9%, respectivamente.
Os analistas também apontam crescimento das previsões de inflação, que seguiam em baixa. A taxa deve sair de 5,98% para 6,01% este ano e de 4,14% para 4,18% no ano que vem. Para 2025, a estimativa permaneceu em 4%.
Em relação às reuniões de política monetária de maio e junho, o mercado avalia que o Comitê de Política Monetária (Copom) ainda irá manter a taxa no atual nível de 13,75%.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento é de 0,90% neste ano e 1,40% para 2024, que alcançavam respectivamente 0,91% e 1,44% na pesquisa anterior.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Após desaceleração da inflação, Gleisi volta a cobrar queda na Selic
Por Getulio Xavier
‘Selic vai levando as empresas a uma morte lenta por asfixia’, diz economista sobre decisão do BC
Por Leonardo Miazzo e Caio César