Magno Malta e Onyx Lorenzoni incentivaram Bolsonaro a dar um golpe, diz Cid em delação

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-DF) também estariam nesse grupo, segundo o militar

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid. Foto Lula Marques/ Agência Brasil.

Apoie Siga-nos no

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou em delação premiada à Polícia Federal que o senador Magno Malta (PL-ES) e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL-RS) faziam parte do grupo que incitava o ex-presidente a tentar um golpe de Estado após perder a eleição para Lula (PT). A informação foi publicada nesta sexta-feira 10 pelo jornal O Globo.

Cid também relatou à PF que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-DF) estavam nesse grupo de conselheiros defensores do golpe, segundo revelouUOL nesta sexta.

De acordo com o site, com base em três fontes que acompanham a delação de Cid, o militar declarou que Bolsonaro não queria desmobilizar seus apoiadores acampados na frente do quartel-general do Exército, por acreditar que ainda havia chance de constatar supostos indícios de fraude eleitoral.

Bolsonaro ainda teria pressionado os militares a elaborarem um relatório apontando suspeitas de irregularidades. O documento foi divulgado no início de novembro de 2022 pelo Ministério da Defesa, mas não indicava qualquer elemento concreto de falta de lisura nas urnas.

O plano de golpe só não foi adiante, conforme o relato do tenente-coronel, porque não houve concordância dos comandantes do Exército e da Aeronáutica. Segundo Cid, apenas o almirante Almir Garnier, então comandante da Marinha, teria aceitado participar de uma ruptura.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.