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Machado de Xangô voltará a ser logomarca da Fundação Palmares

Promessa foi feita pelo novo presidente da entidade, João Jorge Rodrigues, do Olodum

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O machado de Xangô voltará a ser parte da logomarca da Fundação Palmares. A promessa foi feita por João Jorge Rodrigues, atual presidente do Olodum e novo escolhido para chefiar a entidade no governo Lula (PT). O símbolo, importante lembrar, foi retirado por Sergio Camargo, que comandou a fundação na gestão de Jair Bolsonaro.

“Sou filho de Xangô e as insígnias do orixá voltarão a Palmares, assim como o que tiver de qualquer outra religião. É liberdade religiosa e estado laico. Não é para ficar censurando nada, se não, em todos os lugares onde tiver Bíblia”, prometeu Rodrigues em entrevista ao jornal O Globo publicada neste sábado 24.

Além do machado de Xangô, Camargo tentou mudar o nome da instituição para Princesa Isabel. Nesta ação, porém, não teve sucesso. Apesar disso, o ex-presidente da Palmares conseguiu remover livros classificados como ‘de esquerda’ do acervo da biblioteca e retirar nomes de brasileiros históricos da galeria de homenageados pela fundação. Tudo isso, garante Rodrigues, será revertido.

“A história brasileira é feita por índios, negros e brancos. Todos que foram defenestrados da Fundação Palmares, além de ganharem desagravo, voltarão ao lugar de heróis do povo brasileiro”, destacou o novo presidente da Casa. “A ideia é fazer uma homenagem coletiva àqueles que sofreram ofensas.”

Sobre os livros, disse que ainda irá avaliar o que foi retirado, mas que a fundação retomará o trabalho de conservação de obras importantes. “A fundação lida com conhecimento e ele não é de esquerda ou de direita, de uma religião ou outra. É um acervo de conhecimento, nos cabe é conservar.”

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