O ex-presidente Lula (PT) saiu em defesa de Ciro Gomes (PDT), após o pré-candidato ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal que apura supostos desvios na construção do estádio Castelão, no Ceará, entre 2010 e 2013. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira 15 contra o pedetista, o irmão e senador Cid Gomes e outras 12 pessoas.
Para Lula, o procedimento foi ‘desnecessário’, já que os envolvidos nem mesmo foram chamados para depor e têm trajetórias políticas ‘idôneas’ até o momento.
“Quero prestar minha solidariedade ao senador Cid Gomes e ao pré-candidato a presidente Ciro Gomes, que tiveram suas casas invadidas sem necessidade, sem serem intimados para depor e sem levar em conta a trajetória de vida idônea dos dois. Eles merecem ser respeitados”, escreveu Lula em uma rede social.
A declaração foi repetida durante uma entrevista concedida pelo ex-presidente em uma rádio de Santa Catarina.
Ciro também agradeceu publicamente ao petista pelo posicionamento:
“Obrigado presidente Lula. O estado policial de Bolsonaro é uma ameaça à democracia e a todos os democratas. Me considero na obrigação de dar todos os esclarecimentos necessários, em respeito ao povo brasileiro, e o farei”, publicou o pré-candidato.
Obrigado presidente @LulaOficial. O estado policial de Bolsonaro é uma ameaça à democracia e a todos os democratas. Me considero na obrigação de dar todos os esclarecimentos necessários, em respeito ao povo brasileiro, e o farei. https://t.co/TJLU8uWMIO
— Ciro Gomes (@cirogomes) December 15, 2021
Mais cedo, Ciro havia categorizado a ação como uma comprovação do aparelhamento e interferência de Jair Bolsonaro (PL) em parte da PF. O político também negou as acusações e reforçou que, no período investigado, não ocupava qualquer cargo público.
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