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Lula enfrenta Bolsonaro e mira sigilo de 100 anos e corrupção com vacinas

‘Eu vi, houve corrupção, tentativa de comprar vacinas superfaturadas’, afirmou a presidenciável do MDB, Simone Tebet

Lula enfrenta Bolsonaro e mira sigilo de 100 anos e corrupção com vacinas
Lula enfrenta Bolsonaro e mira sigilo de 100 anos e corrupção com vacinas
Foto: Reprodução/TV Band
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O ex-presidente Lula (PT) mencionou no último bloco do debate promovido pela TV Band entre os presidenciáveis, neste domingo 28, a estratégia do governo de Jair Bolsonaro (PL) de impor sigilo sobre temas negativos para a gestão. Também citou indícios de corrupção na negociação de vacinas contra a Covid-19.

“Houve ou não corrupção no processo de tratamento da Covid? Houve ou não negligência do governo sobre a vacina?”, perguntou o petista à candidata do MDB, Simone Tebet, que teve atuação de destaque na CPI da Covid. “O que se explica o sigilo de 100 anos para o ministro da Saúde que agiu de forma totalmente irresponsável no trato da Covid? O que explica um presidente brincar com uma doença que matou 682 mil pessoas e ele não foi capaz de derramar uma única lágrima?”

Em janeiro, uma comissão formada por servidores do alto escalão de sete ministérios do governo federal decidiu manter o sigilo de 100 anos imposto ao processo do Exército que não puniu o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello por participar de um ato político ao lado de Bolsonaro. A conduta é vedada pelo código militar.

O governo também decretou sigilo em relação ao acesso a informações da gestão e até sobre a carteira de vacinação do presidente.

Em sua resposta, Tebet afirmou que “muitas pessoas poderiam estar entre nós, mas não estão por culpa da insensibilidade de um governo que não colocou vacina no braço do povo brasileiro”. E emendou: “Mas eu quero, sim, confirmar: eu vi, houve corrupção, tentativa de comprar vacinas superfaturadas. Os documentos estão aí. Covaxin é o contrato mais escabroso que eu vi.”

Bolsonaro, por sua vez, usou um direito de resposta para dizer: “Sigilo de 100 anos para questões pessoais. Nada mais além disso”.

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