O presidente Lula (PT) se manifestou nesta quinta-feira 2 sobre a possibilidade de indicar seu advogado Cristiano Zanin Martins para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal. Neste ano, aposentam-se compulsoriamente os ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, por completarem 75 anos.
“O critério meu sempre será o mesmo: primeiro, notório saber jurídico. Não quero escolher um juiz para mim, mas para a Nação. Segundo, ele tem de ser cumpridor da nossa Constituição”, disse o petista em entrevista à BandNews FM. “Hoje, se eu indicasse o Zanin, todo mundo compreenderia que ele merecia ser indicado. Tecnicamente, ele cresceu de forma extraordinária.”
Lula definiu Zanin como “amigo e companheiro, como outros são meus companheiros”. Negou, porém, haver uma possibilidade de se beneficiar da proximidade caso o advogado chegue ao STF.
“Eu nunca indiquei por conta disso [amizade] e nunca pedi. Tenho orgulho: nunca pedi nenhum a favor a nenhum ministro”, prosseguiu. “Eles não foram indicados para me fazer favor ou me proteger, mas para cumprir a Constituição e garantir o processo democrático neste País.”
Para assumir uma vaga no STF, o indicado precisa ser aprovado pelo plenário do Senado com pelo menos 41 votos. Durante a sua gestão, Jair Bolsonaro (PL) indicou Kassio Nunes Marques e André Mendonça.
Dos 11 ministros que compõem a Corte atualmente, sete foram indicados por presidentes do PT. Lula escolheu Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli, enquanto Dilma recomendou Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login