Lula critica Moro e imprensa pela Lava Jato: ‘Não quero vingança, mas não me peçam para esquecer’

O presidente eleito afirmou nesta terça-feira não ter o direito de assumir a Presidência com ressentimento

O presidente eleito Lula. Foto: Evaristo Sá/AFP

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta terça-feira 13 os relatórios dos Grupos de Trabalho da equipe de transição. No evento, além de se manifestar sobre os bolsonaristas que provocaram depredação em Brasília e anunciar Aloizio Mercadante como presidente do BNDES, Lula fez críticas ao ex-juiz Sergio Moro, ao ex-procurador Deltan Dallagnol e à imprensa pela atuação na Lava Jato.

“Nunca aceite ser chamado de ladrão quando você é inocente”, afirmou o petista na agenda. Segundo ele, Moro – senador eleito – e Dallagnol – deputado federal eleito – enganaram os brasileiros ao longo de cinco anos, com uma participação decisiva de veículos jornalísticos.

“A mentira que o Moro e o Dallagnol contavam era transformada em verdade pelos meios de comunicação sem que houvesse uma única cobrança. Era como se fossem verdades absolutas. Foram vidas destruídas. E estamos aqui, de cabeça erguida. Tenho certeza de que meus acusadores não andam de cabeça erguida como eu ando.”

Lula reforçou que não deseja vingança e classificou sua vitória sobre Jair Bolsonaro (PL) na eleição como “um prêmio” concedido pelo povo brasileiro.

“Não tenho o direito de sentar na cadeira com ressentimento. Apenas não me peçam para esquecer. Não esqueço. E acho que nenhum de nós esquece. Não quero esquecer. Quero lembrar sempre, mas isso não está na mesa da minha governança”, prosseguiu. “Não foi para isso que o povo nos elegeu. Nos elegeu para que a gente recupere a dignidade do povo.”

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