O presidente Lula criticou a política armamentista promovida pelo governo de Jair Bolsonaro, durante evento no Rio de Janeiro nesta quinta-feira 10. As declarações foram proferidas em meio a anúncios sobre a revitalização da zona portuária na capital fluminense e o lançamento de uma faculdade de matemática na região.
“Não é aceitável que um país alegre, que gosta de música e de dançar, vote em um cidadão que pregava o ódio, o desaforo e que não incentivava ninguém a comprar livro, só comprar arma. E quem compra arma são vocês que estão aqui? Não, quem compra é o narcotráfico, que hoje está melhor armado do que a polícia em qualquer estado brasileiro”, disse o petista.
Em julho, Lula anunciou um pacote de medidas para reverter políticas de flexibilização do acesso a armas adotadas sob Bolsonaro.
Um dos destaques é o decreto reduz o limite de armamento para caçadores, atiradores e colecionadores, grupo amplamente beneficiado pelo governo do ex-capitão.
Entre as ações também está a retomada da regra a permitir o uso da pistola de calibre 9 milímetros apenas pelas forças de segurança. Em maio de 2019, Bolsonaro havia editado um decreto que liberava a compra de pistolas .40, .45 e 9 milímetros por quem tivesse o porte.
Passaram a valer, ainda, novas normas para concessão de registro às entidades de tiro desportivo e às empresas de serviço de instrução de tiro. As unidades poderão funcionar entre as 6h e 22h – ou seja, estão proibidos os clubes de tiro 24 horas.
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