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Lula critica Bolsonaro ao entregar prêmio Camões a Chico Buarque, em Portugal

‘O ataque à cultura foi uma dimensão importante do projeto que a extrema-direita tentou implementar no brasil”, afirmou o petista

Lula critica Bolsonaro ao entregar prêmio Camões a Chico Buarque, em Portugal
Lula critica Bolsonaro ao entregar prêmio Camões a Chico Buarque, em Portugal
Chico Buarque recebe o Prêmio Camões das mãos do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e do presidente brasileiro Lula. Foto: PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP
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O presidente Lula (PT) criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao entregar o prêmio Camões ao cantor, compositor, dramaturgo e escritor Chico Buarque de Hollanda, nesta segunda-feira 24, em Portugal.

“O convite para participar da cerimônia de entrega do Prêmio Camões ao querido Chico Buarque é motivo de grande honra e imensa alegria. É uma satisfação para mim corrigir um dos maiores absurdos cometidos contra a cultura brasileira nos últimos tempos. Esse prêmio deveria ter sido entregue em 2019 e não foi, e todos nós sabemos porque. O ataque à cultura em todas as suas formas foi uma dimensão importante do projeto que a extrema direita tentou implementar no brasil”, afirmou o presidente.

Lula se referiu à celebração como um ato de ‘reparação”. “Se hoje estamos aqui para fazer essa espécie de reparação e celebração da obra do Chico é porque finalmente a democracia venceu no Brasil”, acrescentou, destacando a censura sofrida pelo cantor e compositor durante a ditadura que marcou o  Brasil e também Portugal.

“Não podemos esquecer que o obscurantismo e a negação das artes também foi uma marcada do totalitarismo e das ditaduras que censuraram o próprio Chico no Brasil e em Portugal. Esse prêmio é uma reposta do talento contra a censura, do engenho contra a força bruta”, destacou o presidente durante cerimônia da qual também participaram o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro ministro António Costa, o ministro da cultura português, Pedro Adão e Silva, de além da ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, e da primeira-dama, Janja da Silva.

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