Para o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), o governo Lula (PT) não pode tomar o placar da votação do novo arcabouço fiscal – 372 votos favoráveis e 108 contrários – como o tamanho de sua base na Casa. A avaliação foi feita logo após a sessão que aprovou o texto na noite desta terça-feira 23.
“Penso que não [dá para medir a base do governo], mas é uma evolução”, avaliou Lira a jornalistas em Brasília. “Nós estamos trabalhando para que isso [base do governo] se concretize. Eu sempre disse a todos que nós seremos facilitadores do que é bom para o país”, completou.
Ele prega que o marco fiscal, assim como será a reforma tributária, é um tema de espectro amplo e por isso não foi tratado por parlamentares como uma proposta de governo. O entendimento faz com que integrantes da oposição votem junto com aliados de Lula. No arcabouço, ⅓ do PL votou a favor da proposta. Apesar disso, 100% do PSOL, partido aliado do governo, votou contra.
“Essa matéria não é uma matéria de governo ou de oposição, é uma matéria de país. Essa, tanto quanto a tributária, vai ser tratada absolutamente à margem de todo o problema ainda de articulação, formação de base que o governo tenha no Congresso”, explicou Lira.
“A demonstração do painel, tanto na urgência quanto no mérito, só mostra que o texto tinha discussão, tinha maturidade”, finalizou o parlamentar.
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