A Justiça Federal vai analisar se a Advocacia-Geral da União atuou de forma legal na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Walderice Santos da Conceição em uma ação de improbidade administrativa.
Conhecida como Wal do Açaí, ela foi acusada de ser funcionária fantasma de Bolsonaro quando ele era deputado federal. Walderice foi a única comissionada nos últimos oito anos a contar com a defesa da AGU.
A juíza Ivani Silva da Luz, da 6ª Vara Federal, estabeleceu um prazo de 15 dias para a AGU apresentar os documentos que levaram o órgão a representar Bolsonaro e Wal na Justiça.
Quando apresentou os argumentos de defesa do ex-presidente, a AGU afirmou que “após análise dos requerimentos administrativos de representação judicial formulado pelos réus, foram deferidos os pedidos de representação, haja vista estarem presentes os pressupostos legais e regulamentares necessários a tanto”.
A Advocacia-Geral não apresentou no processo, porém, a íntegra dos requerimentos. É a partir do material que a Justiça vai analisar a regularidade dos pedidos.
No ano passado, o Ministério Público Federal, que abriu processo contra os dois, também entendeu que a AGU atuou ilegalmente no caso.
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