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Justiça eleva para R$ 2 milhões multa a metroviários caso a greve continue
A nova decisão, expedida a pedido do Metrô, busca pressionar os trabalhadores pelo fim da paralisação deflagrada nesta terça
O desembargador Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira decidiu nesta terça-feira 3 que a multa imposta a funcionários do Metrô de São Paulo subirá para 2 milhões de reais caso a paralisação deflagrada nesta madrugada continue.
Em 29 de setembro, o magistrado do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região havia fixado uma multa de 500 mil reais em caso de descumprimento dos termos – por exemplo, de manter 100% da operação nos horários de pico.
A nova decisão, expedida a pedido do Metrô, menciona “efetivo descumprimento da ordem judicial” e considera “a hipotética prorrogação do movimento paredista para o dia 4 de outubro de 2023”.
Uma assembleia do Sindicato dos Metroviários em andamento na noite desta terça decidirá sobre a manutenção ou o encerramento da greve.
Ao longo do dia, funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp promoveram uma paralisação unificada para reivindicar melhores condições de trabalho e contestar a privatização dos serviços. Eles denunciam que transferir o controle do poder público para a iniciativa privada tende a encarecer tarifas e piorar a qualidade dos serviços.
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