Justiça dá 48 horas para YouTube remover vídeo de Genoíno sobre judeus

No vídeo, publicado em janeiro, o ex-deputado sugere um boicote a empresas de judeus

Condenado no "mensalão", o ex-deputado José Genoino assume vaga na Câmara. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

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O desembargador Carlos Eduardo da Fonseca Passos, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, deu o prazo de 48 horas para que o Google, empresa controladora do YouTube, retire do ar trechos de uma entrevista concedida pelo ex-deputado José Genoíno (PT) ao canal Diário do Centro do Mundo.

No vídeo, publicado em janeiro, Genoíno sugere um boicote a empresas de judeus.

“Essa ideia do boicote por motivos políticos que ferem interesses econômicos é uma forma interessante. Inclusive, tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus. Há, por exemplo, boicotes a empresas vinculadas ao Estado de Israel. Inclusive, acho que o Brasil deveria cortar relações comerciais na área de segurança e defesa com o estado de Israel”, disse o petista naquela ocasião.

A decisão, proferida nesta quarta-feira 28, atendeu a um pedido da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro.

No pedido, a instituição alegou que a “manutenção da declaração em plataforma gratuita de vídeo online é suscetível de gerar dano grave irreparável, dado o acesso livre e continuado por quantidade indeterminada de usuários a conteúdo ofensivo e discriminatório”.

Caso o vídeo não seja removido no prazo determinado, a empresa será multada em 100 mil reais. Cabe recurso.


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