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Justiça amplia multa para sindicatos em dia de paralisação da CPTM
A nova decisão atende a um pedido da companhia e fixa o valor de 500 mil reais a três entidades


A juíza Raquel Gabbai de Oliveira, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, aumentou na tarde desta terça-feira 3 a multa imposta a sindicatos de trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a CPTM, pelo decumprimento de uma decisão que ordenava o funcionamento de 100% dos serviços no horário de pico, entre 4h e 10h.
Três das cinco linhas estão paralisadas desde o início desta terça. A nova decisão atende a um pedido da CPTM e fixa o valor de 500 mil reais de multa a cada um de três sindicatos. Antes, os 500 mil deveriam ser divididos entre todas as entidades.
A CPTM, por sua vez, pedia o reajuste da multa para 1 milhão de reais.
Desde o início do dia, funcionários do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp, promovem uma greve unificada para reivindicar melhores condições de trabalho e contestar a privatização dos serviços. Eles denunciam que transferir o controle do poder público para a iniciativa privada tende a encarecer tarifas e piorar a qualidade dos serviços.
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