CartaExpressa
Justiça agenda o julgamento de Fernando Cury, réu por importunação sexual contra Isa Penna
O ex-deputado se tornou réu no processo em dezembro de 2021. O caso ocorreu durante uma sessão da Assembleia Legislativa de São Paulo


O Tribunal de Justiça de São Paulo marcou para 26 de julho o julgamento do ex-deputado estadual Fernando Cury por importunação sexual contra a ex-parlamentar Isa Penna (PCdoB). A decisão partiu da juíza Danielle Galhano Pereira da Silva.
Cury se tornou réu no processo em dezembro de 2021. O episódio ocorreu durante uma sessão orçamentária e foi transmitido ao vivo pelo canal da Assembleia Legislativa de São Paulo no YouTube. No vídeo, a deputada aparece conversando com o então presidente da Casa, Cauê Macris (PSDB), quando Cury se aproxima da Mesa Diretora e se posiciona atrás dela, colocando a mão na lateral de seus seios.
Ele foi punido pelo Conselho de Ética da Alesp com uma suspensão por 180 dias e expulso do Cidadania, seu partido à época.
O ex-deputado chegou a alegar que sua aproximação aconteceu como um gesto de gentileza mal interpretado e chamou o toque nos seios de “abraço”. Após ele se tornar réu, Isa Penna rechaçou a argumentação e reforçou ter havido o crime de importunação sexual.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Justiça condena ginecologista a 277 anos de prisão por estuprar 21 mulheres em Goiás
Por CartaCapital
O aborto e as mulheres evangélicas
Por Simony dos Anjos
Senado aprova PL da igualdade salarial entre homens e mulheres
Por CartaCapital