CartaExpressa

José Múcio, ministro da Defesa de Lula, projeta ‘despolitizar’ e ‘despartidarizar’ as Forças Armadas

‘É uma coisa absolutamente necessária para o país’, afirmou nesta sexta-feira 9 o ex-ministro do TCU

José Múcio, ministro da Defesa de Lula, projeta ‘despolitizar’ e ‘despartidarizar’ as Forças Armadas
José Múcio, ministro da Defesa de Lula, projeta ‘despolitizar’ e ‘despartidarizar’ as Forças Armadas
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Foto: Evaristo Sá/AFP
Apoie Siga-nos no

Indicado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar o Ministério da Defesa a partir de 2023, o ex-ministro do TCU José Múcio Monteiro afirmou nesta sexta-feira 9 que pretende atuar pela ‘despolitização’ e pela ‘despartidarização’ das Forças Armadas.

“É uma volta ao passado? Não. É uma volta ao que sempre foi nas Forças Armadas. A despolitização e, mais, a despartidarização das Forças Armadas é uma coisa absolutamente necessária para o País”, disse Monteiro em entrevista à GloboNews

A pasta para a qual Múcio foi confirmado é responsável por coordenar o esforço integrado de defesa, incluindo o preparo e o emprego das Forças Armadas, além da articulação entre elas e os demais órgãos do Estado.

Para o futuro ministro da Defesa, existe uma forte divisão política nas Forças, mas não há possibilidade de os militares chancelarem iniciativas golpistas, como reivindicam apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que se amontoam em frente a quartéis.

“As Forças Armadas têm demonstrado que não apoiam qualquer movimento desses [golpistas]. Evidentemente que têm suas preferências. Se você me disser que temos três Forças, sou capaz de dizer que temos seis Forças: o Exército, a Marinha e a Aeronáutica que gostam de Bolsonaro e o Exército, a Marinha e a Aeronáutica que gostam de Lula.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo