IPCA-15: prévia da inflação registra alta de 0,33% em novembro

O índice acumula alta de 4,30% no ano. Já o crescimento no período referente aos últimos doze meses é de 4,84%

IPCA-15 ficou em 0,33% para o mês. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

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A prévia da inflação do mês de novembro no país ficou em 0,33%, puxada, principalmente, pela alta nos alimentos. O dado foi divulgado nesta terça-feira 28 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é superior ao registrado no mês de outubro, quando ficou em 0,21%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) serve para fornecer uma projeção da inflação para o mês, conhecida como IPCA. A variação de preços divulgada hoje foi captada pelo IBGE entre 15 de outubro e 15 de novembro, servindo para nortear as expectativas do mercado.

Com os dados de hoje, o IPCA-15 acumula alta de 4,30% no ano. Já o crescimento no período referente aos últimos doze meses é de 4,84%. 

Quando comparado aos índices registrados nos meses de novembro dos anos anteriores, dois pontos merecem destaque: primeiro, o IPCA-15 deste mês é menor do que o captado em novembro do ano passado (quando ficou em 0,53%), e, segundo, esse é o percentual mais baixo para novembro desde 2019.

Vale destacar que o Banco Central (BC) trabalha com uma meta de inflação de 3,25% para 2023, com tolerância de 1,5% para mais ou menos. No limite, a inflação em 2023 pode ficar acima do teto da meta.

Para chegar ao valor do IPCA-15, o IBGE monitora as variações dos preços nos país a partir de nove grupos, que passam por alimentação e bebidas, habitação, transportes e saúde, entre outros. Dos nove grupos pesquisados, oito registraram alta em novembro.


Como mencionado, a alimentação ficou mais cara para a população brasileira. O grupo “Alimentos e Bebidas” teve a maior variação (0,82%) e o maior impacto (0,17%) no IPCA-15. Os preços ficaram mais altos, sobretudo, para se alimentar em casa (+1,06%).

O preço da cebola, por exemplo, teve um crescimento de 30,61% no período pesquisado pelo IBGE. Esse, porém, não foi o único item com elevação dos preços acima dos dois dígitos, já que a batata-inglesa subiu 14,01%, segundo o IBGE. Arroz (+2,60%) e carnes (+1,42%) também registraram altas significativas. O feijão-carioca (-4,25%) e o leite  longa vida (-1,91%), por outro lado, ficaram mais baratos.

No geral, o grupo dos transportes cresceu abaixo da média do IPCA-15 (+0,18%), mas, confirmando uma tendência já captada em outubro, os preços das passagens aéreas seguem escalando no país (+19,03%). 

Para os que possuem transporte privado – e mesmo para quem faz uso frequente do transporte público -, o destaque é para o fato de que os combustíveis registraram queda (-2,11%). Tanto a gasolina (-2,25%) como o etanol (-2,49%) caíram, assim como o gás veicular (-0,57%). Por outro lado, o óleo diesel subiu 1,12%. 

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