CartaExpressa
Haddad nega articulação para Galípolo assumir o Banco Central pós-Campos Neto
O secretário-executivo da Fazenda foi indicado nesta semana para a diretoria de política monetária da instituição
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira 12 não ter discutido a possibilidade de o secretário-executivo do ministério, Gabriel Galípolo, assumir a presidência do Banco Central em 2025, após o mandato de Roberto Campos Neto.
Galípolo foi indicado nesta semana por Haddad para a diretoria de política monetária do BC, mas a escolha ainda depende da aprovação do Senado. Caso receba o aval, o economista substituirá Bruno Serra Fernandes, que deixou o posto recentemente.
“Não discuti com Galípolo a presidência do Banco Central. Até porque ele estabeleceu um diálogo profícuo com Roberto Campos Neto”, disse Haddad ao jornal O Estado de S.Paulo durante viagem ao Japão. “Nós vimos uma oportunidade de estimular o debate técnico, uma vez que o próprio mercado está dividido em torno da oportunidade imediata de começar ciclo de baixa de juros.”
A indicação de Galípolo acontece em meio à ofensiva do presidente Lula (PT) contra a política monetária do banco. O índice atual da Selic, de 13,75% ao ano, tem desagradado lideranças do governo federal e de setores da indústria.
Relacionadas
CartaExpressa
Haddad se reúne com o Papa Francisco e defende a taxação de super-ricos
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lucro de bancos no Brasil bate recorde e chega a R$ 145 bilhões em 2023
Por André LucenaCartaExpressa
Haddad comemora avanço do PIB no 1º trimestre: ‘Queremos continuar gerando empregos’
Por CartaCapitalCartaExpressa
Haddad se reúne com o Papa Francisco e defende a taxação de super-ricos
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.