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Haddad aponta mudança no programa de carro popular para incluir ônibus e caminhões
O transporte coletivo e o transporte de carga serão novos focos do programa do governo


O ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou, nesta segunda-feira 5, que o governo federal deverá repaginar o novo programa para baratear os preços dos carros populares no Brasil.
Segundo o comandante da área econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a iniciativa será voltada mais para o transporte coletivo e de carga, “mas o carro também está contemplado”.
Anteriormente, o governo havia anunciado a redução de impostos para baixar o preço final de carros populares em até 10,96%. A ideia é que os veículos zeros mais acessíveis passassem a custar menos de 60 mil reais.
No entanto, o novo modelo da iniciativa deverá retirar a isenção e substituí-la pela concessão de créditos tributários às empresas do setor. Isso significa que ao invés de deixar de tributar, o governo pretende conceder crédito para que as empresas abatam o imposto que incidir sobre os veículos. Os valores podem variar de 2 mil a 8 mil reais.
Outra proposta que poderá estar no projeto é a do “pacote verde”, uma série de medidas que visam a transição energética dos veículos de combustão para os movidos por energia mais limpa, como carros elétricos.
Este ponto poderá ser incorporado para atender as demandas da base ambientalista, que teceu diversas críticas sobre o subsídio, já que incentivaria a produção e consumo de veículos com alto poder poluente, contrário ao movimento internacional, que tende a abandonar motores à combustão até 2030.
O formato final do programa deve ser anunciado ainda nesta semana pela equipe econômica. A declaração de Haddad sobre o programa repaginado foram feitas pouco antes do encontro do ministro com o presidente. Participam da reunião o vice e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e o chefe da Casa Civil, Rui Costa.
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