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Guedes diz que País vive ‘o pior momento da inflação’ e que ela cairá ‘lentamente’

No acumulado de 12 meses, o IPCA já chega a 9,68%; no ano, soma 5,67%. Para o ministro, trata-se de uma ‘questão-chave’

O ministro da Economia, Paulo Guedes. Foto: Evaristo Sá/AFP
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Um dia depois de o IBGE divulgar os índices de inflação em agosto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu a gravidade da situação. Segundo ele, o avanço dos preços é uma questão-chave em que o País enfrenta o pior momento.

A inflação medida pelo IPCA fechou o mês passado com um avanço de 0,87%, segundo levantamento divulgado pelo IBGE na quinta-feira 9. Trata-se da maior taxa para um mês de agosto desde 2000. Em julho, o índice foi de 0,96%.

No acumulado de 12 meses, a inflação já chega a 9,68%, a mais alta desde fevereiro de 2016. Neste ano, o IPCA acumula elevação de 5,67%. O teto da meta de inflação estabelecido pelo governo Bolsonaro para 2021 é de 5,25%.

Os preços dos alimentos, que simbolizam a crise econômica que o País enfrenta, não deram trégua. O grupo de alimentação e bebidas registrou alta de 1,39% e só foi “superado” pelo de transportes, que avançou 1,46%. No acumulado de 12 meses, o impacto da alta nos preços de alimentos é ainda mais significativo. Arroz (+32,7%), feijão fradinho (+40,3%) e carnes em geral (+30,8%) encareceram os pratos.

“Inflação é uma questão-chave. Eu acho que estamos no pior momento da inflação”, afirmou Guedes nesta sexta-feira 10 em evento do Credit Suisse, citado pelo jornal O Globo.

“Ela vai reduzir lentamente e vamos fechar o ano entre 7,5% e 8% porque ainda temos alguns avanços para fazer”, completou o ministro.

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