O Gabinete de Segurança Institucional exonerou, nesta terça-feira 29, o coronel Carlos Onofre Serejo Luz Sobrinho, até então coordenador-geral do órgão, responsável pelas Operações de Segurança Presidencial. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União.
Onofre era investigado pela CPMI do 8 de Janeiro e, com a conclusão da sindicância que apurou seus dados telefônicos e telemáticos, foi indicado que houve deficiência no fluxo e qualidade de informações. A falha foi apontada como determinante para a falta de reforço durante a invasão do Palácio do Planalto.
Segundo a TV Globo, responsável pela revelação dos resultados da sindicância, o documento afirma que o GSI não recebeu qualquer e-mail da Secretaria de Segurança Pública do DF alertando sobre a dimensão dos atos golpistas.
“Na sindicância instaurada no âmbito do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para apurar as ocorrências relacionadas ao 8 de janeiro de 2023, e compartilhada com esta CPMI, o agente público acima foi identificado como envolvido, depondo sobre os fatos”, afirma trecho do requerimento aprovado pelos parlamentares.
O agora ex-coordenador é coronel da reserva. Ele é mais um dos militares que deixam a equipe de governo. Na pasta, as exonerações mais relevantes são a do ex-ministro Gonçalves Dias e, mais recentemente, do tenente-coronel André Luis Cruz Correia, que atuava na escolta do presidente e foi flagrado em um grupo de WhatsApp com militares que discutiam a possibilidade de um golpe.
As falhas dão novo gás ao conflito recente na equipe de governo sobre quem deve cuidar da segurança direta de Lula e Janja. No início do ano, a missão estava sob o comando da Polícia Federal, mas foi devolvida ao GSI na metade do ano.
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