Um novo recorte do levantamento do instituto Paraná Pesquisas, lançado nesta quinta-feira 20, mostra a quem o eleitor da cidade de São Paulo atribui a responsabilidade pela atual situação da Cracolândia.
De acordo com os resultados, na visão do eleitor, há um equilíbrio de responsabilidade entre o governo do estado, atualmente comando pelo ex-ministro bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a prefeitura da cidade, gerida atualmente por Ricardo Nunes (MDB).
28,4% dizem que a responsabilidade pela situação na região é de Tarcísio. Outros 27,8% apontam Nunes como responsável pelo local.
Os números dão coro ao impasse instalado nesta semana entre os dois políticos sobre o que fazer com aqueles que frequentam a Cracolândia.
Nesta quarta, Tarcísio afirmou que pretendia transferir os usuários do centro da cidade para a região do Bom Retiro. Nas próprias palavras do governador, nem ele mesmo sabe se a ação dará resultado.
Horas depois, porém, Nunes veio a público dizer não ter sido consultado sobre a medida anunciada. Na afirmação, ele listou obstáculos para colocar a ideia do governador em prática, tendo finalizado com a avaliação de que o anúncio seria um ‘mal-entendido’. A situação ainda está em suspenso.
Na pesquisa desta quinta-feira, é possível ver ainda que, para além do impasse entre o poder público local, os paulistas atribuem também uma parcela significativa da culpa pelo caos na região à sociedade. Ao todo, 22,1% marcam essa opção. O governo federal, hoje liderado por Lula (PT), recebe 14,4% das indicações de responsabilidade pela situação. Outros 7,3% não sabem ou preferiram não opinar.
A pesquisa desta quinta é um novo recorte do levantamento realizado pelo instituto com 1.096 eleitores de São Paulo, entre os dias 9 e 13 de julho. A pesquisa realizou entrevistas pessoais, tem margem de erro de 3 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. No trecho principal, ela mostrou os níveis de avaliação das gestões estadual e municipal, bem como a visão dos eleitores da capital de SP sobre o governo Lula.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login