CartaExpressa

Governo Lula quita dívida com fundo do Mercosul após dez anos de inadimplência

Com o pagamento, Brasil voltará a ter acesso a valores destinados a projetos de segurança, saneamento e infraestrutura em regiões de fronteira

Apoie Siga-nos no

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou, nesta terça-feira 18, o pagamento da dívida de cerca de 500 milhões de reais com o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul. Os valores estavam em abertos há quase dez anos. 

Desde 2014 que o Brasil havia deixado de contribuir com o mecanismo do bloco que visa diminuir as assimetrias entre os países membros. 

A crise se intensificou ainda mais a partir do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quando se deixou de pagar as contribuições a entidades como a Organização dos Estados Americanos, a Unesco e o banco dos Brics.

Pela inadimplência, o Brasil poderia perder o direito de voto em discussões na ONU, principalmente no Conselho de Segurança, o mais alto dos colegiados do órgão.

Com o pagamento da dívida, o País voltará a ter acesso aos recursos do fundo no montante de 350 milhões de reais destinados a projetos de segurança, saneamento e infraestrutura em regiões de fronteira. 

Renata Amaral, secretária de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento do Ministério do Planejamento e Orçamento, destacou a importância política da medida. 

“[O pagamento] reforça o compromisso do Brasil com os parceiros do Mercosul, bem como deixa claro, uma vez mais, o interesse do país em fomentar a integração regional”, disse. 

Uma das prioridades do novo governo é reconstruir a relação com os países da América Latina, da África e do Oriente Médio. 

Ao todo, foram destinados 910 milhões de reais em dívidas com os organismos internacionais. O orçamento de 2023 já havia destinado 2,9 bilhões de reais para o pagamento das dívidas. 

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.