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Governo anuncia liberação de parte das rodovias bloqueadas por caminhoneiros
Os manifestantes se organizaram para os bloqueios no 7 de setembro após discurso golpista do presidente Jair Bolsonaro contra instituições
O Ministério da Infraestrutura anunciou em boletim divulgado nesta quinta-feira 9 que parte das rodovias interditadas por caminhoneiros que apoiam o presidente Jair Bolsonaro já foi liberada.
Segundo o comunicado, ainda existiam pontos de concentração em rodovias federais de 14 estados, com interdições em 5 deles: Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Não foram informados os trechos com bloqueios.
Nos estados de Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Rondônia, Pará e Roraima o trânsito está liberado, mas ainda há abordagem a veículos de cargas.
Ainda de acordo com o ministério, foram liberadas as vias das seguintes rodovias nesta manhã: BR-116/Bahia (Feira de Santana); BR-101/Bahia BR-101/Sergipe; BR-101/ Espírito Santo BR-101/Pernambuco (Igarassu); BR-116/Rio Grande do Sul (Vacaria e Turuçu); BR-392/Rio Grande do Sul (Pelotas) BR-040/Minas Gerais; BR-116/Rio de Janeiro (Dutra/Barra Mansa); BR-040/Janeiro (sede da Reduc); BR-376/Paraná BR-153/Goiás (Anápolis).
Os manifestantes se organizaram para os bloqueios no 7 de setembro após discurso golpista do presidente Jair Bolsonaro contra as instituições. Na quarta-feira 8, um áudio do presidente vazou solicitando que os caminhoneiros recuassem e liberassem as vias.
“Fala para os caminhoneiros aí que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham a economia. Isso provoca desabastecimento, inflação, prejudica todo mundo, em especial os mais pobres. Dá um toque nos caras aí para liberar. Deixa com a gente em Brasília aqui agora. Não é fácil negociar com outras autoridades, mas vamos fazer nossa parte, vamos buscar uma solução para isso”, disse Bolsonaro.
A autoria do áudio, no entanto, continua sendo colocada em xeque por parte dos manifestantes, mesmo depois do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ter confirmado a autenticidade do pedido pelo presidente.
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