O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta segunda-feira 25 que a conclusão do mandato de Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República “deixa um legado de reinstitucionalização” do órgão.
“A judicialização e a criminalização da política não são instrumentos de transformação social, mas sim estratagemas de grupos que, nos últimos anos, arvoraram-se na deturpação da lei como estratégia de instrumentalização política”, escreveu o magistrado no X, ex-Twitter. “A democracia se faz com um MP independente e imparcial.”
Augusto Aras tentou, ao longo dos últimos meses, se cacifar para obter o terceiro mandato, desta vez por indicação do presidente Lula. Pesa contra o procurador-geral, porém, sua proximidade com Jair Bolsonaro, em especial na pandemia, quando sua atuação foi determinante para blindar o negacionismo do ex-capitão. A fama de “engavetador-geral” persegue o atual PGR.
Esta terça-feira 26 será o último dia do mandato de Aras. Até Lula definir o substituto, a chefia da PGR deve ser ocupada pela subprocuradora-geral Elizeta Maria de Paiva Ramos.
Os favoritos a conquistar a indicação, até aqui, são Paulo Gonet, vice-procurador-geral eleitoral, e Antonio Carlos Bigonha, subprocurador-geral.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login