CartaExpressa

Generais ganham até R$ 350 mil a mais em um ano após portaria do governo Bolsonaro, diz jornal

Entre os principais beneficiados estão os ministros Luiz Eduardo Ramos e Augusto Heleno, de acordo com levantamento

Bolsonaro acompanha general Heleno, que liberou o garimpo em áreas preservadas da Amazônia, enquanto ele discursa. Foto: Carolina Antunes/PR
Apoie Siga-nos no

Uma portaria editada pelo governo de Jair Bolsonaro em abril de 2021 permitiu que generais recebessem até 350 mil reais a mais em um ano. O texto liberou o acúmulo de salários e aposentadorias além do teto constitucional, hoje estabelecido em 39,2 mil reais.

Um levantamento publicado nesta terça-feira 10 pelo jornal Folha de S.Paulo aponta que o principal beneficiado foi o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, com direito a 874 mil reais nos 12 meses de vigência da portaria – 350,7 mil acima do teto.

Aparecem na sequência, segundo o jornal, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, com 866 mil reais, ou 342 mil acima do teto; o vice-presidente Hamilton Mourão, com 318 mil a mais; e o general Walter Braga Netto, provável vice de Bolsonaro nas próximas eleições, com 306 mil a mais em um ano.

Dos órgãos procurados pelo jornal, apenas a Secretaria de Governo se manifestou, alegando que os valores embolsados por Ramos “seguem as orientações do Ministério da Economia”.

A portaria nº 4.975, nascida no Ministério da Economia, oficializou uma nova forma de calcular o teto constitucional: em vez de aplicar o limite sobre a soma dos rendimentos provenientes do governo, impôs o teto isoladamente a cada rendimento. Assim, militares da reserva conseguiram, por exemplo, somar aposentadorias a salários.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.