Fux cita ‘misto de incredulidade e desesperança’ e questiona: ‘Até quando?’

Presidente do Supremo Tribunal Federal fez pronunciamento que marca data de um ano após anúncio da pandemia pela OMS

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Apoie Siga-nos no

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, disse que “o Brasil vive o seu quadro mais triste” da crise do coronavírus, em pronunciamento que marca o período de um ano após a Organização Mundial da Saúde anunciar estado de pandemia.

“O custo humano do coronavírus ainda cresce”, disse o magistrado, que fez destaque ao recorde de 2.286 mortes em 24 horas na última quarta-feira 10. “Mesmo após um ano de pandemia, o cenário ainda é muito preocupante. Não cansemos de lembrar, para jamais nos esquecermos desses indicadores, que não são apenas números, mas acima de tudo, representam pais, mães, avós, tios, filhos, irmãos e amigos.”

 

“Não são apenas óbitos, mas vidas interrompidas, sonhos frustrados e lares desestruturados”, lamentou Fux.

 

Fux manifestou ainda “preocupação, afeto e solidariedade” em nome do STF àqueles que perderam entes queridos, aos desempregados e a quem está distante dos familiares por conta do isolamento. Em seguida, declarou que “um misto de incredulidade e desesperança atinge muitos de nós, que nos perguntamos: até quando?”. Pediu, também, união entre os poderes da República e os agentes de todos os níveis federativos.


“Precisamos trabalhar em prol das medidas eficazes para que a ciência e os bons propósitos possam, finalmente, vencer o vírus, e não temos tempo a perder”, disse. “A sociedade brasileira é testemunha de que este Supremo tem sido incansável no seu propósito de julgar, em tempo recorde, ações judiciais que versem o enfrentamento da pandemia”, prosseguiu, citando sete mil processos relacionados à Covid-19 analisados nos últimos meses, “todos eles decididos ao individual ou colegiadamente”.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.