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França diz que sua saída da disputa não fará Haddad vencer no primeiro turno em SP

Pré-candidato do PSB avalia que decisão no estado pode ser determinante para a vitória de Lula na eleição nacional

França diz que sua saída da disputa não fará Haddad vencer no primeiro turno em SP
França diz que sua saída da disputa não fará Haddad vencer no primeiro turno em SP
Fernando Haddad e Márcio França. Fotos: Ricardo Stuckert e Divulgação
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O pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSB, Márcio França, disse achar “pouco provável” que a retirada do seu nome da disputa faria o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) ser eleito no primeiro turno.

Na avaliação do pessebista, a manutenção da sua pré-candidatura pode, inclusive, ajudar o petista no pleito, já que teria potencial de prejudicar o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), e Tarcísio de Freitas (PL), que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Há uma dúvida severa sobre a estratégia para São Paulo. Não é um Estado que permita muito erro”, afirmou França em entrevista publicada nesta quinta-feira 9 no Valor Econômico.

De acordo com o pré-candidato, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) ainda têm dúvidas sobre ter um nome único na eleição estadual.

“Acho que [Lula e Alckmin] podem [querer duas candidaturas]. Eu mantenho 17% ou 18%. Haddad tem 28% a 30%. Quando somos dois [juntos], o resultado não dá a somatória. Não dá 50%”, declarou França. “Então há dúvida: Se o Márcio não sai, ele contribui para o Haddad, mas ele consegue fazer o Haddad ganhar no primeiro turno? Pouco provável. E ele dá sobrevida ao Garcia? Provável. Porque quando você me tira, o eleitor do Alckmin no interior, que tem dificuldade de apertar 13 e 13 e não gosta do Bolsonaro, esse vai ficar limitado a escolher o Rodrigo Garcia”, pontuou.

Na conversa, França ainda ressaltou que a eleição em São Paulo pode custar a vitória de Lula no primeiro turno no plano nacional.

“Não é um Estado que permita muito erro. Diferenças aqui ganham dimensões grandes. Errar aqui significa errar bastante. A eleição [nacional] está por muito pouco”, disse. “Errar em São Paulo pode ser dramático. O Lula conhece bastante o Brasil, mas o Alckmin conhece mais São Paulo do que o Lula”.

Pesquisa Exame/Ideia divulgada na quarta-feira 8 mostra Haddad com 28% das intenções de voto contra 17% de Tarcísio. França aparecem na sequência com 14% e Garcia fica com 11%.

 

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