O caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão, protocolou um pedido de asilo político ao governo do México, país para o qual fugiu a fim de escapar da prisão no Brasil.
No documento, apresentado à Comissão Mexicana de Ajuda a Refugiados e divulgado nesta segunda-feira 13 pelo jornal Folha de S.Paulo, Zé Trovão se disse vítima de perseguição política. O ofício foi protocolado no início deste mês, antes dos atos antidemocráticos do 7 de Setembro.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decretou em 3 de setembro a prisão de Zé Trovão. Desde 20 de agosto, o caminhoneiro também está proibido por ordem judicial de se aproximar de um raio de um quilômetro da Praça dos Três Poderes, em Brasília. A mesma restrição vale para o cantor Sérgio Reis, o deputado Otoni de Paula e outras nove pessoas que, segundo investigação, defendiam um “levante” em Brasília no Dia da Independência.
Após o mandado de prisão ser expedido, Zé Trovão fugiu para o México. Na quinta-feira 9, a Polícia Federal incluiu o nome do caminhoneiro na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional, com autorização de Moraes. Na sexta-feira 10, o ministro Edson Fachin, do STF, negou um habeas corpus apresentado em benefício do caminhoneiro bolsonarista pelos deputados federais Vitor Hugo (PSL-GO) e Carla Zambelli (PSL-SP).
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