O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) fez uma enfática defesa da filiação de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, ao PL, partido presidido por Valdemar Costa Neto, que foi condenado e preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
“Isso é cicatriz, ele já pagou o que tinha que pagar. Está quite, zerado”, disse o senador, durante a viagem capitaneada pelo pai ao Oriente Médio. “Qualquer partido vai ter problemas. Eu não passei o que passei? Sou bandido por causa disso? Não dá para comparar com o que o Valdemar teve, mas ele cumpriu a pena dele. Vamos julgar novamente o cara?”
Flávio também declarou que “uma parte do pessoal com o tempo amadurece, sabe que a eleição vai ser difícil e tem que ter partido grande, tempo de TV, capilaridade”.
“Se fosse para o PP ia ser a mesma coisa, iam reclamar do Ciro (Nogueira), se fosse o Republicanos a mesma coisa”, completou.
Flávio, por sua vez, está mais perto de se livrar da investigação sobre o esquema das rachadinhas. Em outubro, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça acolheu um recurso da defesa do senador e anulou todas as decisões tomadas pela Justiça do Rio no início do caso.
O filho 01 de Bolsonaro é acusado de se apropriar de parte dos salários de funcionários de seu gabinete quando era deputado estadual no Rio de Janeiro. O esquema, segundo o Ministério Público, era coordenado por Fabrício Queiroz, ex-assessor e amigo de longa data da família.
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