O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que o populismo totalitário ronda a democracia brasileira e que ele é a antessala do golpe.
“O mais grave é essa visão personificada do povo em contraste com as instituições. Precisamos sair da crise sem sair da democracia” , alertou o ministro em entrevista ao Correio Braziliense, publicada nesta segunda-feira 10.
Fachin, que presidirá o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a partir de fevereiro do próximo ano, disse ainda que as eleições de 2022 trazem à tona um imperativo categórico: preservar o sistema eleitoral brasileiro.
“O caminho passa pela política e pelo espaço público, com atuação franca e desinteressada. Cada gesto, cada comportamento, conta como exemplo. É mais do que hora da comunhão na diversidade. O País não pode esperar mais”, afirmou.
Para o ministro, a pandemia da Covid-19 transformou o planeta numa espécie de sala de emergência. “A humanidade está cindida entre o desejo e o querer. Depende racionalmente da ciência e, ao mesmo tempo, quiçá há quem sonhe com soluções mágicas.”
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