CartaExpressa

Ex-número 2 do GSI diz que G. Dias ‘reteve’ informações da Abin sobre o 8 de Janeiro

O general Penteado depôs à CPI aberta pela Câmara Legislativa do Distrito Federal para investigar o vandalismo bolsonarista

O general Penteado, ex-número 2 do GSI, na CPI dos Atos Antidemocráticos. Foto: Eurico Eduardo/CLDF
Apoie Siga-nos no

O general Carlos José Russo Assumpção Penteado, ex-secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional, afirmou nesta segunda-feira 4 que o ex-ministro Gonçalves Dias “reteve” informações da Agência Brasileira de Inteligência sobre os ataques golpistas de 8 de Janeiro.

Penteado prestou um depoimento à CPI aberta pela Câmara Legislativa do Distrito Federal para investigar o vandalismo bolsonarista na capital.

“Todas as ações conduzidas pelo GSI no dia 8 de Janeiro estão diretamente relacionadas à retenção pelo ministro Gonçalves Dias dos alertas produzidos pela Abin, que não foram disponibilizados oportunamente para que fossem acionados todos os meios do Plano Escudo”, disse o depoente.

Segundo Penteado, “se a Coordenação de Análise de Risco tivesse acesso ao teor dos alertas encaminhados ao general Gonçalves Dias pelo diretor da Abin, as ações previstas pelo Plano Escudo teriam impedido a invasão do Palácio do Planalto”.

Diante disso, diz o militar, é possível concluir que não houve um “apagão na inteligência”, mas uma “quebra” no fluxo de informações. Ou seja: de acordo com ele, os dados da Abin não chegaram às pessoas que deveriam ser as destinatárias dos alertas.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar