CartaExpressa
Ex-bombeiro é preso em operação sobre a morte de Marielle Franco
Maxwell já havia sido preso em 2020 por atrapalhar as investigações; ainda não há informação se o que levou o ex-bombeiro para a cadeia nesta segunda foi uma nova descoberta


A Polícia Federal prendeu, nesta segunda-feira 24, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, em novo desdobramento da operação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
A operação foi batizada de Élpis – uma deusa grega que personifica a esperança – e ocorre em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro. Uma coletiva de imprensa do ministro da Justiça, Flávio Dino, foi convocada para a manhã desta segunda-feira para fornecer mais detalhes sobre a operação.
Hoje a Polícia Federal e o Ministério Público avançaram na investigação que apura os homicídios da Vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.
Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e sete mandados…— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) July 24, 2023
A PF também cumpre outros sete mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana. As identidades dos demais alvos ainda não foram reveladas.
Suel já havia sido preso em 2020 por suspeitas de envolvimento no caso. Em 2021 foi condenado a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações. O ex-bombeiro cumpria a pena em regime aberto.
O militar entrou no centro das investigações após a descoberta de que ele era o dono do carro usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de Ronnie Lessa. Lessa é um ex-militar acusado de ser um dos autores do assassinato.
Ainda não há informação se o que levou Maxwell para a cadeia nesta segunda foi uma nova descoberta. O caso ganhou reforço nas investigações desde o retorno de Lula ao poder. No início do ano, Dino elencou a descoberta do mandante do crime como uma de suas prioridades da gestão.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Google dificulta investigação ao não fornecer dados sobre o caso Marielle, diz MP
Por Wendal Carmo
Em mensagens obtidas pela PF, aliado de Bolsonaro diz saber quem mandou matar Marielle
Por Wendal Carmo
Bolsonaro diz à PF não saber de diálogo entre aliados sobre a morte de Marielle
Por CartaCapital
Famílias de Marielle e Anderson terão acesso à investigação sobre mandantes do crime, decide o STJ
Por CartaCapital