A defesa de Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), pediu ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, a declaração de incompetência do ministro Alexandre de Moraes na investigação contra seu cliente.
Câmara, coronel do Exército, foi preso preventivamente em 8 de fevereiro, na operação deflagrada pela Polícia Federal para apurar a tentativa de golpe de Estado em 2022. Segundo as investigações, o militar foi responsável por uma operação de monitoramento de Moraes.
Ao acionarem Barroso, os advogados alegaram que Moraes não pode ser o relator da investigação, “visto que, supostamente, o aludido magistrado foi objeto de monitoramento pelo peticionário (Câmara), sendo o reconhecimento do seu impedimento medida impositiva”.
No relatório enviado ao STF e que serviu de base para a operação da semana passada, a PF apontou que as ações de Câmara “revelam o uso de uma ‘inteligência paralela'” e que, caso ele permanecesse em liberdade, não haveria “garantias de que o monitoramento ao ministro Alexandre de Moraes tenha realmente cessado”.
Em outro documento enviado a Barroso, a defesa de Câmara pediu a revogação de sua prisão preventiva. As peças chegaram ao Supremo nesta quarta-feira 14 e não há data prevista para o ministro emitir uma decisão.
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