O presidente Jair Bolsonaro reafirmou nesta segunda-feira 25 que seu governo não irá agir para conter um novo aumento de combustível que, segundo ele, deve ocorrer nos próximos dias. Em entrevista à rádio Caçula, do Mato Grosso do Sul, o ex-capitão repetiu que a responsabilidade pela alta nos preços não é sua.
“Vem reajuste de combustível, vem…gostaria que não viesse”, disse. “Alguns apenas me criticam e falam, ‘ah o preço do combustível’, ‘ah o preço do gás’. Ora, eu não sou malvadão, não quero aumentar o preço de nada, mas não vou interferir no mercado”, afirmou Bolsonaro mais adiante.
Bolsonaro voltou também a culpar o PT e Lula pela alta no preço do diesel, alegando que as refinarias prometidas pelo ex-presidente não cumpriram sua função e são as responsáveis pelo atual preço do combustível.
“Se aquelas três refinarias prometidas pelo Lula, se uma só estivesse funcionando, não teríamos esse problema que estamos tendo hoje”, afirmou.
Além da nova alta dos combustíveis, Bolsonaro também anunciou que o preço de outros itens, como alimentos, também devem piorar.
“Quando se fala em aumento de combustível, isso aí é uma correia de transmissão pra inflação, tudo sobe”, destacou.
O presidente aproveitou a entrevista para tratar do tema que levou o Facebook a excluir sua última transmissão. Na ocasião, Bolsonaro mentiu e associou a vacina contra a Covid-19 ao desenvolvimento da Aids. A afirmação foi desmentida por cientistas durante todo o fim de semana.
Segundo ele, não mentiu, apenas repetiu o que leu em uma matéria da revista Exame, que teria feito a associação.
“A revista Exame fez uma matéria sobre a vacina e Aids, eu repeti essa matéria na minha live. Dois dias depois a revista Exame disse que eu falei fake news, mas foi a própria Exame que falou da relação de HIV e a vacina”, justificou, sem voltar atrás nas suas afirmações contra o imunizante.
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