CartaExpressa

‘Eu não posso recebê-la?’, diz Bolsonaro após encontro com neta de ministro de Hitler

‘Os regimes comunistas, quando não encontravam o homem acusado de algum crime, prendiam a esposa deles, prendiam filhos’, afirmou

‘Eu não posso recebê-la?’, diz Bolsonaro após encontro com neta de ministro de Hitler
‘Eu não posso recebê-la?’, diz Bolsonaro após encontro com neta de ministro de Hitler
Bolsonaro ao lado de Beatrix Von Storch, neta do ministro de Finanças do regime nazista, Lutz Graf Schwerin von Krosigk. Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro tentou explicar, nesta quinta-feira 29, seu encontro com a deputada de extrema-direita alemã Beatrix von Storch, do partido xenófobo e negacionista Alternativa para a Alemanha. A parlamentar é neta do ministro das Finanças de Adolf Hitler, Lutz Graf Schwerin von Krosigk.

Von Storch também se reuniu com o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e com a deputada Bia Kicis (PSL-DF).

“Semana passada tinha um deputado chileno e uma deputada alemã visitando lá a Presidência, poxa, tratei, conversei, bati um papo. Vai que a deputada alemã é neta de um ex-ministro do Hitler. Pô, me arrebentaram na imprensa. Eu acho que a gente não pode ligar um pai a um filho, muitas vezes, né? Fez uma coisa errada, ligar a outro. Os regimes comunistas, né, quando não encontravam o homem acusado de algum crime, prendiam a esposa deles, prendiam filhos”, disse Bolsonaro em conversa com apoiadores no ‘cercadinho’ do Palácio da Alvorada.

“Eu não posso receber essa deputada? Foi eleita democraticamente na Alemanha”, completou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo