Equipe de Lula pode incluir na PEC da Transição um compromisso com nova âncora fiscal

Segundo o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes, 'nosso arcabouço fiscal, especialmente o teto de gastos, se mostrou inviável'

Foto: Sergio Lima/AFP

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A equipe de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode incluir na PEC da Transição o compromisso de que o governo eleito apresentará uma nova âncora fiscal, a substituir o teto de gastos. A afirmação partiu nesta sexta-feira 18 do líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (MG).

Lopes declarou que a gestão de Lula defende um novo mecanismo de controle dos gastos, mas ponderou que seria “impossível” finalizá-lo em menos de 30 dias após o resultado do segundo turno.

“É possível trazer esse compromisso na PEC, comprometer que vai enviar por lei complementar uma nova âncora fiscal”, disse o deputado em entrevista à GloboNews. Segundo ele, “nosso arcabouço fiscal, especialmente o teto de gastos, se mostrou inviável”.

Trata-se de mais uma sinalização da equipe de transição a investidores, após alguns dias de volatilidade no “mercado”. Na quinta 17, o dólar fechou em alta de 0,37%, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, recuou 0,49%. Nesta sexta, houve uma queda de 0,5% na cotação da moeda americana e de 0,64% na Bolsa.

A nova etapa dessa reação ocorreu após a apresentação da minuta da PEC da Transição e depois de Lula afirmar que “não adianta ficar pensando só em dado fiscal, mas em responsabilidade social”. Ele emendou: “Vai aumentar o dólar, cair a bolsa? Paciência. O dólar não aumenta e a bolsa não cai por conta das pessoas sérias, mas por conta dos especuladores que vivem especulando todo santo dia”.

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