CartaExpressa
Em Orlando, Bolsonaro diz que, na Câmara, “era feliz e não sabia”
Ex-capitão se referiu aos brasileiros residentes nos Estados Unidos como “parte sadia”
Durante a cerimônia de inauguração do Vice-Consulado do Brasil, em Orlando, nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse ter saudade da época em que era deputado federal, porque tinha “tranquilidade durante a semana”. O mandatário embarcou para o país na quarta-feira 8 para participar da Cúpula das Américas.
“Entendo que a Presidência é uma missão de Deus, porque não é fácil estar à frente do Executivo. Eu era feliz na Câmara [dos Deputados] e não sabia, porque dava para eu ter meus momentos de tranquilidade durante a semana. Aqui, raro é o domingo em que eu tenho um momento de tranquilidade, mas é passageiro”, disse.
No discurso, Bolsonaro não deixou de citar a eleição de 2018, referindo-se aos brasileiros que moram nos Estados Unidos como “parte sadia”, já que 90% deles votaram no ex-capitão há quatro anos. “Aqui é um retrato da grande parte sadia do povo brasileiro, que busca oportunidades que não conseguem em seu país”, pontuou.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Bolsonaro não descarta encontrar Alan dos Santos e disse que pensou em ver Trump
Por Agência O Globo
Bolsonaro cita Forças Armadas e volta a sugerir ‘apuração simultânea’ dos votos em outubro
Por CartaCapital


