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Em leilão, Conab arremata 263 mil toneladas de arroz

Medida Provisória do governo federal prevê a compra de até 1 milhão de toneladas do produto para conter alta nos preços e evitar um possível desabastecimento após chuvas no RS

Em leilão, Conab arremata 263 mil toneladas de arroz
Em leilão, Conab arremata 263 mil toneladas de arroz
Comida servida em restaurante em Brasília - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) comprou cerca de 263 mil toneladas de arroz em um leilão realizada na manhã desta quinta-feira 6. Pela Medida Provisória do governo federal, a companhia pode comprar até 1 milhão de toneladas do produto.

Nesta quinta-feira, a intenção da Conab era negociar até 300 mil toneladas de arroz ao preço máximo de 5 reais o quilo. Os lotes adquiridos tiveram média de preço de 4,99 reais. No total, a operação custou pouco mais de 1,3 bilhão, abaixo dos 2,53 bilhões liberados para a compra desse lote. A lista de fornecedores ainda não foi divulgada.

A o leilão desta quinta-feira foi realizado pelo órgão após um impasse judicial. Na quarta-feira, uma decisão de primeira instância proibiu a compra do arroz importado. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), no entanto, derrubou a liminar na manhã desta quinta e permitiu a negociação. O Supremo Tribunal Federal (STF), em ação relatada pelo ministro André Mendonça, também manteve o certame.

A intenção do governo federal com a compra do alimento é recompor os estoques públicos após as enchentes no Rio Grande do Sul. O estado é o maior produtor do grão no Brasil e a tragédia tende a afetar a produção futura do alimento. O leilão, autorizado pela MP, visa, portanto, segurar uma possível alta no preço, além de conter um eventual desabastecimento.

Os estoques arrematados nesta quinta-feira devem chegar aos consumidores no início de setembro. Eles serão destinados aos pequenos varejistas, conforme determinação do edital do governo federal.

Os produtos, que serão vendidos em pacotes de 5 quilos com a informação de que foram adquiridos pelo governo federal, serão comercializados até, no máximo, 4 reais o quilo. O preço foi tabelado pela Conab.

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